quinta-feira, 1 de julho de 2010

Compras


Mesmo sabendo que não era uma boa idéia, há alguns dias resolvi ceder as vontades da minha mãe. E acompanhá-la as compras. Como era no dia em que minha mesada chegava eu tinha noção do perigo que corria.

Há menos de um mes meu pai já havia me tirado o cartão de crédito, e meu celular virou de cartão. Continuo estranhando essa sensação. Portanto, um passeio no shopping, sem cartão poderia significar o final completo e rápido da minha mesada.

Não demorou até chegar a hora da tortura. Não sei se é um problema, mas quando começei a tremer diante da nova coleção da minha loja favorita, percebi que algo não estava normal. Quando a minha mesada, bom ela está comprometida nos próximos 5 meses.

Você agora deve estar se perguntando como eu fiz isso sem cartão de crédito. Simples, eu tenho o cartão da loja. E atualmente ele representa o consumo de metade da minha mesada, aliás, vai continuar representando por um bom tempo.

Eu ainda não sei como consigo fazer esse tipo de coisa. Acredito que tenha um potencial genético e quem sabe comportamental, devido à grande semelhança com minha mãe. Tal semelhança é a principal causadora das dores de cabeça do meu pai. É como um movimento involuntário.

Não sei bem o por que desse texto, primeiramente deve ser um desabafo. Ou então um modo de tentar enteder o por que de nós mulheres sermos assim. Bom, não há explicação. Você não vai conhecer uma mulher que ache feio roupinhas de neném, ou mulheres que não considerem alguma coisa que outra mulher esteja usando feia.

Quer ver uma mulher feliz? Compras. Quer ver uma mulher esquecer da briga com o namorado? Compras. Quer ver uma mulher se sentir bonita? Compras.

Segundo minha mãe, vou precisar esvaziar um pouco meu guarda roupas. O que me dá um pouco de raiva, mas fazer o que, é justo. Quanto as minhas compras, elas estão me fazendo feliz. A tremedeira passou, deixei de almoçar, e agora tenho uma jaqueta militar Balmain ispired.

Se você não entendeu, ou não faz idéia do que seria Balmain vai ficar aí me achando uma patricinha, consumista. Mas se você sabe do que eu estou falando, provavelmente vai me perguntar em qual loja eu fui.

Há pessoas que ficam felizes ao comprar um carro novo, um trator novo. Outras ficam felizes com um boneco de coleção, com um pedaço de pano. Ou com determinada comida. Assim como o gosto, como a idéia do que está ou não na moda, as compras são assim, relativas.

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