quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Melhora marcada


E você chegou com esse jeito bobo, de rir de tudo o que eu faço. De rir do que me esqueci de fazer, e do que deixei pelo caminho. Com esse jeito de me fazer rir, e de fazer todo mundo rir de tudo. 

Chegou sendo o genro que minha mãe pediu a Deus. Chegou com esse seu jeito de conquistar a sogra antes, e a família inteira se estiver no pacote. 

Com esse jeito leve, de me levar aos poucos, de me conquistar tranquilo. Leve, como sua camiseta branca preferida, que é fresca mesmo nesse calor tropical. Esse jeito leve, de início de verão, em meio a uma ou outra cerveja gelada num domingo a tarde. 

Veio com o que eu não gosto, mas posso aceitar. Me provando que toda ferida cicatriza, e se não há remédio, tem dedicação e cura na dispensa. Trouxe na mala o desconhecido que eu esperava. Aos poucos me mostrando, que o melhor do encontro, é a procura. 

Chegou como quem não quer nada, como quem já tinha certeza de tudo. Me levando na brincadeira, e eu resolvi brincar. Chegou deixando saudade, e me deixou pedindo ao tempo, pra passar logo, e você voltar. 

Entre e seja bem vindo. A casa é sua, afinal. Entra e deixa a porta meio aberta, que é para o vento entrar. Deixa o ar correr, o tempo passar. Esquece o sofá, que nosso travesseiro te espera, junto com todas as promessas que vem por aí. Entra, meu anjo, que eu estava te esperando.

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