tag:blogger.com,1999:blog-15277321244741619562024-03-12T19:26:13.380-07:00Conselho pra que?Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.comBlogger71125tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-51176401695686155092015-05-10T14:00:00.000-07:002015-05-10T14:00:03.875-07:00Quando amor também cura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtzaGq2eGfeXT_Q4tJPDkxwd88_mPrUNALShC9vB8x7z8JtVM1atmf1EdPlNQs95fQH-YLNqlWfvOnNW1MGb_ytYW8T2EtIKsjGbhn8bSQz9ufabtCKD5PMk-_0SwafagY8V8rOTfsi40/s1600/large+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtzaGq2eGfeXT_Q4tJPDkxwd88_mPrUNALShC9vB8x7z8JtVM1atmf1EdPlNQs95fQH-YLNqlWfvOnNW1MGb_ytYW8T2EtIKsjGbhn8bSQz9ufabtCKD5PMk-_0SwafagY8V8rOTfsi40/s320/large+(1).jpg" width="259" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E um belo dia ela parou de escrever. As palavras já não se encaixavam, já não faziam sentido. Pra que sentido se tudo o que ela queria estava ali? O dia era realmente belo, era lindo, assim como os dias anteriores, e os que ainda estavam por vir. É que o amor não inspira, o amor te completa e as vezes te faz achar que nada mais é necessário. A verdade é que ela ficou boba, ela acreditou que era tudo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas como dizem por aí, quanto maior o salto, maior o tombo. E mesmo o maior amor pode acabar. E os dias que eram tão lindos vão ficando feios, os sorrisos já não eram tão presentes, e o amor que estava ali vai morrendo. Como aquela flor linda, que ficava em cima da mesa, e agora já são apenas folhas secas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É que o amor precisa ser cuidado, ser bem tratado, ser cultivado e reconquistado a cada dia. Quando já não há sentido ele se perde. Ele vai sumindo na rotina, nos dias. Ele some, e nem aquele frio na barriga da saudade existe mais. E aceitar que acabou é triste. Todo fim é triste.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas é da tristeza dela que vem a beleza, pois quando passa o sorriso é sempre mais bonito, mais sincero. Acontece que a realidade é simples, o amor, assim como a flor também morre, ambos podem se afogar. É que as vezes a gente peca no excesso. E amor demais não inspira, ele sufoca. E as vezes sufoca quem sente e quem é amado. Muito amor, muita saudade, muita necessidade, muita água. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tem gente que diz que só o tempo cura, outros fazem simpatia, viajam, saem para dançar. Mas talvez ela ainda deva ouvir os mais velhos, como disse sua avó; “amor com amor se cura”. Talvez a flor em cima da mesa precise ser trocada, talvez não. O desabrochar ainda depende de muitos fatores. Mas ela, ela voltou a escrever, porque sempre há amor, ele também cura.</span></div>
<div>
<br /></div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-4806015668600893142015-05-08T16:50:00.000-07:002015-05-08T18:15:41.081-07:00Sobre deixar pra depois<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHNNfZNcI9z0N1HIkKdUbHPeNvAl7ubcaRr9dsPftKwPRraH-VDRyL3FNi44RAUoDP4TCSADdZOTK59FMnsQwwSIJN8WFAmv9JLF12xEIIqGUblQ3__kSi50Z2dv7iDDXM5WaWod5CLsU/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHNNfZNcI9z0N1HIkKdUbHPeNvAl7ubcaRr9dsPftKwPRraH-VDRyL3FNi44RAUoDP4TCSADdZOTK59FMnsQwwSIJN8WFAmv9JLF12xEIIqGUblQ3__kSi50Z2dv7iDDXM5WaWod5CLsU/s320/large.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span>
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">Eu já vi o tempo passar demais, já te vi deixar tudo passar. Eu não fui acostumada com essa história de 'deixar para depois'. Sim, também acabo sempre deixando uma ou outra coisa pra mais tarde, mas sabe meu amor, eu também tenho prioridades. E eu nunca estive à frente da sua lista de coisas para fazer. O que me intriga e me faz te questionar é essa sua necessidade de aparecer. Aparecer quando te esqueço, quando já passou, quando surge outro pra me fazer sorrir. Ah, meu bem, nessa sua história de deixar o tempo passar, ele passou.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">Eu não estou na sua vida. E eu segui, minha vida seguiu, e eu sei que você sabe e ainda acompanha de longe. Sei que tem notícias minhas pelos nossos amigos, sei que sente minha falta. Estranho né? Sei mais disso hoje do que antes quando te tinha comigo. Deve ser incômodo estar desse lado da moeda que você desconhecia, deve ser estranho me ver bem agora, mesmo sem estarmos lado a lado. Se é que um dia você esteve neste lugar.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">Assim como antes, eu as vezes fico sabendo da sua vida também. E para quem deixa tudo para depois, muito me estranha que esse seu amigo ainda não tenha chegado na sua vida. O mesmo, é sempre isso que escuto. Deve ser um pouco entediante deixar as mudanças pra mais tarde, e tudo deve parecer sempre o mesmo. Os mesmos lugares, as mesmas novidades, as mesmas amizades. Mas as vezes até elas passam.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">Desculpe escrever só agora pra te contar, acontece que eu passei. A vida passa, não era isso que você me dizia? Às vezes sinto falta, e lembro de você, sim. Passado deixa memória, e é ele que faz da gente o que a gente é. O que você não pensou é que talvez um dia você seria apenas isso, passado. É lá que você está, não se preocupe.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">Poderia ter sido tudo diferente. Você devia ter tentando. Acontece que eu não vim com manual, e não vim com o bônus de mudanças. Nunca quis nem tentaria te mudar. Hoje tenho plena consciência que foi por isso que não deu certo, você não queria se encaixar. Ou talvez você quisesse tanto que a coisa não foi pra frente.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">Meu amigo, posso te chamar assim? Só queria te contar uma coisa; não são nas suas noitadas que você vai achar uma mulher legal. Talvez até ache, mas a chance é mínima. Te ver com uma qualquer, que você acha depois do primeiro combo de bebida não me afeta.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 17.1200008392334px;">O que vai doer vai ser quando você achar alguém que consiga o que eu não consegui. Te ter do meu lado, por completo, sem esse tanto de problemas que a gente criou no meio do caminho. Mas é que todo trajeto tem um destino, o que você não percebeu é que o nosso já chegou ao fim há muito tempo. </span></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-28326667883721214992013-02-25T13:37:00.000-08:002015-05-08T18:08:09.017-07:00Mais nada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLTQRCSjNJMAzNY0BdhnRBRG5Kidh5RUx7iv4UcYqH2-Y_hukXDl939v6-Npow52hXwOMgY3hiLeu6jrOybbJcH9q5o2hgmGVWb9SJIo2YDzKmW5iIPhMwkHTiCatgrLg5a3si5Xv5aS4/s1600/bed-black-and-white-couple-cute-hug-Favim.com-142775_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLTQRCSjNJMAzNY0BdhnRBRG5Kidh5RUx7iv4UcYqH2-Y_hukXDl939v6-Npow52hXwOMgY3hiLeu6jrOybbJcH9q5o2hgmGVWb9SJIo2YDzKmW5iIPhMwkHTiCatgrLg5a3si5Xv5aS4/s320/bed-black-and-white-couple-cute-hug-Favim.com-142775_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você acha bonito cair do céu assim? Você deve ter se machucado, meu anjo. Surgindo assim no meio da noite, como um super herói pra me resgatar no meio de tudo. Meu super herói. Que de repente entrou na minha vida, fazendo parte dos meus planos. Pois te digo que não acho certo, não mesmo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deveria vir com um aviso. Uma bula avisando que superdosagem vicia.
Você já sabe, foi avisado, e nesse meio tempo me conhece bem. Está entrando em território inimigo. Aqui o campo é minado, meu amigo. Depois de tantas bombas explodidas, as crateras também viraram armadilhas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas vem te dou a mão. Abro caminho e te ensino por onde é melhor chegar. Eu tenho medo, sempre tive. Fico com esse pé atrás, como se precisasse sempre me prevenir. Sei que por aí as coisas estão estranhas, já vi o arame farpado por trás desse sorriso malandro, que você abre pra me conquistar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez eu te conheça bem mesmo, ou esteja indo no caminho certo. Mas me parece que você caiu do céu na hora certa. Como se as coisas tivessem o tempo certo pra acontecer. Eu tenho sido sua, e vou continuar sendo enquanto nossos países forem aliados. Enquanto você estiver do meu lado está tudo bem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Te deixo cuidar de mim, te deixo me ensinar a ser melhor. Te quero do meu lado, mesmo na sexta a noite com delivery de sanduíche e filme nacional na televisão.
Te quero antes, durante e depois. Te quero agora, aqui. Te quero me chamando de chata e fresca. Te quero me contando sobre tudo. Te quero assim, apenas, mais nada.</div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-15946685314479388872012-12-13T17:21:00.000-08:002015-05-08T18:07:41.937-07:00Melhora marcada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHZAyTJv3ScAWQch14N9IEFztLOo2a-Q9vf2_fMKfbjgGCOYwMzoJFeK8XNRp8NQlAsmi6zQs2LvZZBfaH2jnMmdOZwENoeY9fT_OJhNeW7v2Jc8fiOQEUpypR4BaLnPBuWilLmr1_b8/s1600/2sbmyp3_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHZAyTJv3ScAWQch14N9IEFztLOo2a-Q9vf2_fMKfbjgGCOYwMzoJFeK8XNRp8NQlAsmi6zQs2LvZZBfaH2jnMmdOZwENoeY9fT_OJhNeW7v2Jc8fiOQEUpypR4BaLnPBuWilLmr1_b8/s320/2sbmyp3_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E você chegou com esse jeito bobo, de rir de tudo o que eu faço. De rir do que me esqueci de fazer, e do que deixei pelo caminho. Com esse jeito de me fazer rir, e de fazer todo mundo rir de tudo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegou sendo o genro que minha mãe pediu a Deus. Chegou com esse seu jeito de conquistar a sogra antes, e a família inteira se estiver no pacote. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com esse jeito leve, de me levar aos poucos, de me conquistar tranquilo. Leve, como sua camiseta branca preferida, que é fresca mesmo nesse calor tropical. Esse jeito leve, de início de verão, em meio a uma ou outra cerveja gelada num domingo a tarde. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Veio com o que eu não gosto, mas posso aceitar. Me provando que toda ferida cicatriza, e se não há remédio, tem dedicação e cura na dispensa. Trouxe na mala o desconhecido que eu esperava. Aos poucos me mostrando, que o melhor do encontro, é a procura. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegou como quem não quer nada, como quem já tinha certeza de tudo. Me levando na brincadeira, e eu resolvi brincar. Chegou deixando saudade, e me deixou pedindo ao tempo, pra passar logo, e você voltar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre e seja bem vindo. A casa é sua, afinal. Entra e deixa a porta meio aberta, que é para o vento entrar. Deixa o ar correr, o tempo passar. Esquece o sofá, que nosso travesseiro te espera, junto com todas as promessas que vem por aí. Entra, meu anjo, que eu estava te esperando.
</div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-82677779179308593562012-10-01T19:40:00.001-07:002012-10-02T12:51:41.983-07:00Seu tipinho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH9z_SLd_gfXWGkfXgi90XXFObiHiIH8P4UkmjYPUUfmpSt0YjcPa93st9jzBCYZrhUvjrd8ACAA-6ziuYJFv8SDnJYn1rP5Tc4qAdBg0t1DzVMKHUchyphenhyphenhVmmuR3SzlOW2c7q6bLtLizU/s1600/tumblr_lq6z336GDp1qkigwdo1_1280_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH9z_SLd_gfXWGkfXgi90XXFObiHiIH8P4UkmjYPUUfmpSt0YjcPa93st9jzBCYZrhUvjrd8ACAA-6ziuYJFv8SDnJYn1rP5Tc4qAdBg0t1DzVMKHUchyphenhyphenhVmmuR3SzlOW2c7q6bLtLizU/s320/tumblr_lq6z336GDp1qkigwdo1_1280_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Já sai na ponta do pé, e não quis que me ligassem nunca mais. Já não quis que fossem embora, e senti saudade no dia seguinte. Eu já fui cheia de noites vazias, descompromissadas, que me renderam muitas histórias. Eu sou assim quando quero, não sabia? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já sair pra me divertir com minhas amigas, sem precisar ‘caçar’. Mas eu já cacei, é claro. Já cacei e já fui caçada, já fui presa e caçador. E assim como você, já fui vazia. Vazia várias vezes. Nas várias ressacas que eu tive, que nem a memória me sobrou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu posso ser várias em uma só. Posso muito bem ser aquele tipinho mulher que você sempre procura nas baladas, entre uma noite perdida ou outra. Eu posso ser o que eu quiser, pra quem eu quiser. Ou você acha que eu nunca fingi cair em conversa de tipinhos como você, que estão aos montes por aí?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, meu bem. Se você soubesse quantos desamores eu já esqueci com álcool. E quantas vezes eu acabei me lembrando deles, junto com a dor de cabeça, no dia seguinte. Se você soubesse, quantos amores eu já tive da mesma maneira, e nem me lembrei deles quando acordei. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Parece vazio, não é? Mas eu tenho bem mais pra contar, bem mais pra conhecer, e bem mais pra esquecer. Isso é só parte de mim, e é por isso que eu escolho. Por isso eu procuro, e eu me encontro. E posso me encontrar perdida por ai, ou em um lugar qualquer querendo apenas me distrair. Mas isso não é tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sou do tipo que vai falar do relacionamento que já tive, ou do que quero ter. Do valor das mãos dadas, do cafuné durante a noite, de dormir de conchinha. Não vou falar do quanto é bom um chocolate quente pela manhã, ou da saudade de lavar uma pia de louça, quando só de ter alguém do meu lado pra secá-las, bastava.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não vou comentar do meu último amor, nem do meu último namoro. Não vou te dizer há quanto tempo estou solteira, e contar os muitos casos vergonhosos que já tive nesse período. Não sou do tipo que sai por aí mostrando a balada da última semana, a próxima, e a do mês que vem que já comprei ingresso. Não vou te contar essas coisas, por mais que você possa passar horas falando sobre isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tem horas que a gente vê que não dá certo, que não vale se adaptar que não vale procurar ou tentar esquecer. E tem hora que a gente vê que tem muito mais coisas novas por aí. Eu posso ser certa, mas também posso ser errada. Eu sou um pouco Tati Bernardi, sou dessas belas que de vez em quando insiste no burro, e acaba um pouco burra também. Mas sabe o que acontece? É que no fundo, eu não sou mesmo o seu tipinho.</div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-72559149507935318782012-09-16T11:47:00.002-07:002012-09-16T13:04:52.615-07:00Geração WhatsApp?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhADJu9gtXvX2IJDQxV0PY50LI-De7Rla8sQNjQW54ldHSNGX5Ur_XRbd6nhT_TxOmP0VaADmxjX-9-P-M1PlB_9-OvniFj3pM7J2Vt4EPe5yx5g61TrQJJuycXgDzUNAokcl7zkZQt79w/s1600/tumblr_m2e273GZdO1qcvw4to1_400_large.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhADJu9gtXvX2IJDQxV0PY50LI-De7Rla8sQNjQW54ldHSNGX5Ur_XRbd6nhT_TxOmP0VaADmxjX-9-P-M1PlB_9-OvniFj3pM7J2Vt4EPe5yx5g61TrQJJuycXgDzUNAokcl7zkZQt79w/s320/tumblr_m2e273GZdO1qcvw4to1_400_large.png" width="320" /></a></div>
<br />
E aí, eu me pego um pouco cansada, sim, confesso. Cansada.
Cansada de você, e de todo mundo que me cerca sem nem estar por perto. Cansada
dessa coisa, que chamam de aproximação, mas que hoje eu só vejo como
distanciamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
To cansada de gente como você, que pela comodidade de ser
próximo, esquece que o próximo é estar perto. Cansada de amigos, que como você,
acham que saber a última vez que visualizei uma conversa, conta um pouco mais sobre
meu dia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É fácil, muito fácil deduzir que se a pessoa estava acordada
de madrugada é que ela foi pra balada, se acabou, saiu com aquele amigo que
ninguém gosta. E no fim foi tudo ótimo, afinal, ela foi dormir quase cinco da
manhã, certo? Ninguém pensou que ela pode ter passado mal. Ter ficado
estudando a noite inteira, ou até mesmo ter cuidado do amigo bêbado porque, afinal, a balada nem foi tão boa
assim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sabe, a gente estava tão distante que eu cansei. Cansei de
toda a sua disponibilidade, de toda a minha “proximidade”. Toda essa intimidade
que você deduzia por um “Avaiable”, que aparecia a cada toque meu, nessa
telinha maldita, que vive do meu lado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu posso não estar bem, ou posso estar ótima. Posso estar
cheia de novidades pra contar, mas sabe, eu tenho muitos contatos. Tantos, que
de vez em quando eu posso ver sua mensagem e esquecer-me de responder. Desculpe,
isso não te tornou menos importante pra mim. Chame de indiferença, como quiser,
se for urgente, pode me ligar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Engraçado né? Acho que agora eu não estou disponível, não
estou conectada. Agora eu estou assim, distante de todos e mais perto de mim. De
nada adianta amor inventando, amizade largada, saudade disfarçada. Não adianta
mais me enganar com essa história, a gente se aproxima de quem quer, e também
se distancia. Se você sentir minha falta, acostume-se, ou me ligue. Quem sabe a
gente toma um café um dia desses?<o:p></o:p></div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-74279822577412363952012-05-30T21:11:00.000-07:002012-06-05T20:38:41.220-07:00O que você não soube<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgknKisLx0GFI1dLsGnuYBKFIjDFmhYtfWZQXD9YE2pfOkQgYnXhF8tSSVGC3veY-82VSorMLbNG5dNfz4wJP0Cw1KyByF5afxP2RSoqu39C5g8tuvOJjLPXhMEmHEABFUAr5yjJPcWG70/s1600/x_1999f2b8_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgknKisLx0GFI1dLsGnuYBKFIjDFmhYtfWZQXD9YE2pfOkQgYnXhF8tSSVGC3veY-82VSorMLbNG5dNfz4wJP0Cw1KyByF5afxP2RSoqu39C5g8tuvOJjLPXhMEmHEABFUAr5yjJPcWG70/s320/x_1999f2b8_large.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu vi que seu aniversário acabou de passar, e eu me lembrei
de todos os planos e surpresas que eu tinha em mente há certo tempo atrás. E
deixei passar enquanto meu subconsciente inventava todas as desculpas para
esconder o dia em que eu estava. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O destino fez sua parte e colocou todas as pessoas maravilhosas
que tenho na vida perto de mim, e muitas delas eu conheci quando você se foi. Difícil
dizer, mas tenho saudades. Eu tenho sim, e queria te escrever porque toda essa
distância me incomoda.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Queria nossa amizade de volta, queria te contar coisas
banais, sentir sua presença mesmo que só na preocupação distante. Queria você
de volta, a gente como era antes como nunca deveria ter deixado de ser.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Me desculpe pelos meus erros que eu te disse que aconteceriam. Você sabe, eu
sou assim, meio que completamente errada. Não acho que eu tenha te amado, nem
que eu te ame, talvez isso tenha sido um problema pra você. Eu e toda essa
minha descrença nas coisas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu pensei em você antes, durante e depois. E não queria que
você soubesse disso. Mas eu te amo, e sinto sua falta. Queria te ver feliz e estar por perto, porque
você faz falta na minha felicidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só queria estar ao seu lado de novo, tendo certeza que sua
felicidade me faria feliz. Parabéns, te amo e te quero. Você faz falta na minha vida, e apesar de tudo, eu
sinto sua falta nas coisas simples. Nos pequenos momentos em que você era o meu
‘Eu’ fora de mim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Feliz aniversário. No fundo eu te amo tanto que só quero que você esteja feliz, e que a minha
falta não exista para estragar sua felicidade ontem, hoje e em todos os dias
que estão por vir. </div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-31128323920236080152012-03-03T08:26:00.001-08:002012-03-03T08:37:45.071-08:00Nana-nina-não<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh24sciPMLfwtm1H4VDMW0BhJWijQ6aIq6gTYp44Kl2UaMs-tYO9CWFJRmKzZrtbNKtS4Bb7JWQqXdLVVq-jegfpGvfvqDpFau1nf0X8DDqYbTSgzFegFBdIq4gux_LsfljY_YVarRTMWI/s1600/4718793743_9f31c1333f_zsssss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh24sciPMLfwtm1H4VDMW0BhJWijQ6aIq6gTYp44Kl2UaMs-tYO9CWFJRmKzZrtbNKtS4Bb7JWQqXdLVVq-jegfpGvfvqDpFau1nf0X8DDqYbTSgzFegFBdIq4gux_LsfljY_YVarRTMWI/s320/4718793743_9f31c1333f_zsssss.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Esses dias aprendi o valor do não. Todo mundo defende essa idéia de liberdade, de poder aceitar as coisas, poder fazer as coisas, se jogar, se deixar levar. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E todos se esquecem que o poder de escolha traz junto a negação, o poder de olhar pras coisas e negá-las sem justificativa, sem razão aparente e sem a mínima necessidade de uma explicação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Liberdade é você com você. É acertar as contas com o espelho. É dizer pra você mesmo o que fazer, quando, onde, como e com quem. Você decide ninguém mais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A gente fica se justificando tanto pelos erros, pelas coisas que fez. E acaba se esquecendo que não fazer, não precisa ser justificado. Deixa as coisas leves, como que levadas numa boa, do jeito que você quis. Por que em certa hora você NÃO quis sair, NÃO quis comer, NÃO quis deixar suas séries de lado por alguém que não valia a pena. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um não bem dado vale muito mais que vários “sins” distribuídos no calor da emoção. Vale muito mais que aqueles “sins” que no dia seguinte não fizeram sentido algum. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Do tipo “Pra que comi aquele cup cake enorme ontem? Podia não ter comido”. E sabe, se lembrar de não ter comido o cup cake dá uma força, um poder, uma vontade de gritar pro mundo “Ei, sou forte e você?”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O não está ai pra ser usado, o mesmo tanto, ou mais que o sim. O ‘não’ não veio pra limitar, pra negar, pra te privar. Ele veio pra libertar, pra dar poder, pra deixar a gente decidir, escolher. As vezes dizer ‘não’ é dizer ‘SIM' pra felicidade, a gente só se esquece disso.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-87222847860412407502011-12-15T17:57:00.000-08:002011-12-15T18:05:21.194-08:00Felicidade egoísta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvsjPlUgtY-TA536tYaKLMNr-NVR8SKIPcK9FBXhuZbcasBP8E_djl30Gu6JYhSqklC6LTvIYOvsgcx1iNNvDXOPrYn-zj-P8DyZ5oIoN9BM70mgaeAAlt0D2KqkaapVUaWEIDIqTGltE/s1600/b0682a1ffaa9a9632fdccc6c29ea0a62_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvsjPlUgtY-TA536tYaKLMNr-NVR8SKIPcK9FBXhuZbcasBP8E_djl30Gu6JYhSqklC6LTvIYOvsgcx1iNNvDXOPrYn-zj-P8DyZ5oIoN9BM70mgaeAAlt0D2KqkaapVUaWEIDIqTGltE/s320/b0682a1ffaa9a9632fdccc6c29ea0a62_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
Eu sou dona de mim mesma, muito mais dona do que achei que seria. Sou tão dona de mim que chego a me perguntar se isto é certo, se eu não deveria fazer algo semelhante à uma reforma agrária interna, dividir em pequenos pedaços minhas felicidades, para que outros pudessem aproveitar também. Por que afinal, eu resolvi viver para isso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Talvez algumas pessoas tenham direito a me ter. Por que não? Quando foi que me tornei tão egoísta a ponto de não me dividir, de colocar minhas questões, minhas prioridades na frente de qualquer coisa?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Cheguei a um ponto de acreditar que não amaria mais, que o amor me fez sofrer tanto que ele acabaria por ali, e eu não deixaria mais ele aparecer sem avisar. Resolvi que minha felicidade não seria atrapalhada por nada, e eu me senti vazia. Como se não amar, me tornasse tão detestável a ponto de eu mesma não me suportar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando fiz isso descobri que minha felicidade é a coisa mais importante que existe, sim. E eu decidi que meu amor seria tão detestável quanto eu, seria seletivo, e chato. Por que é a minha felicidade não é egoísta. Minha felicidade está na felicidade de quem amo, e é isso que não me faz ser insuportável, muito menos egoísta. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sou feliz de ver amigos realizados, sou feliz de acertar o presente para minha mãe, sou feliz de enfrentar horas na fila apenas para minha sobrinha ter a foto com Papai Noel. Na hora que minha felicidade está fora de mim, eu me sinto completa. Me sinto perfeitamente justa diante do meu ‘egoísmo’. Por que no fundo todos nós somos assim. É claro que uma hora você tem que pensar em você, no que você quer fazer, e não no que os outros querem que você faça, mas isso não te faz uma pessoa pior.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
E em certo momento você vê que no fundo os clichês sobre amor e felicidade têm quase sempre razão. O amor alimenta a alma, o coração. É sempre o amor mesmo que bobo, mesmo que esquecido, mesmo que sem razão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por que amor não é só paixão, amor não é só sofrimento, amor não é só saudade. Amor é tudo em uma coisa só, mas dividido em milhões de partes. Por que amor é tão simples que se torna complexo. Amor é tão detestável que se torna atraente. Mais ainda, ele se torna essencial para que se seja digno da chamada felicidade.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-28867840810101649362011-11-21T17:57:00.000-08:002011-11-22T08:33:01.357-08:00Desencontro marcado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXBPIkSPcYQf9Fa8zlHyTU_RT4j2zh8ihkSyftCSXR7_7tMlcOy6iVAaXOOhl2KcDw0TBW8eN1ouii_0fdR04zB3iTR8l0AIRIAGgAIm11NJkeNDkfUot3Xwkt6FJua1-JYXD2DfNUN4w/s1600/tumblr_luwtc6uASo1qjcfzco1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXBPIkSPcYQf9Fa8zlHyTU_RT4j2zh8ihkSyftCSXR7_7tMlcOy6iVAaXOOhl2KcDw0TBW8eN1ouii_0fdR04zB3iTR8l0AIRIAGgAIm11NJkeNDkfUot3Xwkt6FJua1-JYXD2DfNUN4w/s320/tumblr_luwtc6uASo1qjcfzco1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E de repente eu me vi te olhando, entre nós, somente aquela rua estreita. E eu te vi, me olhando como antes, como sempre, como nunca deixou de ser. E enquanto eu te via eu lembrava daquele tempo, que só de ter suas mãos com as minhas eu já me alegrava. Porque eu podia saltitar ao seu lado, como num filme idiota de romance.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu te vi diferente, com ela você estava diferente. E apesar de tudo o que sei, tudo o que eu mudei nos últimos tempos, eu me senti como antes, como se tudo ainda fosse igual. Era você, eu e aquela maldita rua entre nós. Eu só queria saber quando surgiu isso, quando acabou, quando a gente deixou a vida decidir que era melhor sermos só amigos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda tenho vontade de te ligar, de sair pra comer alguma coisa, ou ver um filme em uma noite tediosa durante a semana. E quando a rua surgiu, é a parte que eu ainda não entendi. E eu ainda me pergunto o que você sabe? O que você pensa? Por que eu ainda tentaria, recuperar todo o final? Aquele final, perdido entre esquinas, de ruas estreitas e desconhecidas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu te amava sabia? Só não queria assumir isso antes, depois ou mais tarde. Eu sinto que cada palavra que digo não irá alcançar lugar algum, como se a ligação que eu insisto em não fazer ainda me calasse.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por que eu fui tão idiota ao seu lado? Por que parecia que sua voz derretia alguma parte dos meus neurônios? Eu sinto apenas que tudo o que eu preciso é te ouvir chegar e me chamar baixinho perto do meu ouvido, como se as coisas fossem as mesmas de tempos atrás.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu só queria que tudo voltasse, e que te ter ao meu lado fosse permitido. Queria ser sua quando você quisesse, assim como um vinho que te espera durante a semana para descontrair. Eu te queria aqui, do meu lado agora, me dizendo todas aquelas bobagens de signos que me fazem virar uma pré-adolescente do seu lado. Queria ouvir suas ladainhas pra me convencer, que sempre me convenceram.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu queria ser menos idiota insegura do seu lado. Eu poderia ir aonde você quisesse, onde eu quisesse ir com você. Sabe, eu já acho que não tenho medo, eu me esqueci do que me deixou perdida, na verdade só queria me perder com você. Eu me perderia em qualquer lugar, até mesmo naquela maldita rua escura que estava entre a gente, só para ver até onde ela pode chegar.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-56818998949466681542011-10-18T17:49:00.000-07:002011-10-18T17:49:01.812-07:00Exigência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIMVyCNithYvXvfAWcZoeysKvI2TX-a859_F2U58HuHTsgKE3uDC38fov9s6_0O8IHjvAQBPkyJAD9Wi2dGvFc_plgDoAnfv-YvIup2lgUloYgiOct0mO-V7xu1iCzw1nPWkYAAfLCPQo/s1600/tumblr_lta2emRV611qb5t88o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIMVyCNithYvXvfAWcZoeysKvI2TX-a859_F2U58HuHTsgKE3uDC38fov9s6_0O8IHjvAQBPkyJAD9Wi2dGvFc_plgDoAnfv-YvIup2lgUloYgiOct0mO-V7xu1iCzw1nPWkYAAfLCPQo/s320/tumblr_lta2emRV611qb5t88o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E aí surge aquela vontade de tentar, de ir atrás e ver o que acontece, sendo que no fundo ainda há a certeza, uma “<i>Vozinha</i>”, baixinha que diz; “Você vai quebrar a cara”. Aquela voz baixa, que insiste em dizer o que suas amigas falariam, se você colocasse todas as suas idéias para fora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Acho que nossa memória tem um dispositivo para nos proteger do nosso passado. Um botãozinho que é acionado quando as lembranças doem demais quando passam por nossa mente. E uma hora a dor diminui e a gente começa a se esquecer o que fez as coisas serem como são. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A gente esquece as brigas, os choros, os desesperos e os porquês. E começamos a querer tentar de novo, e de novo, e de novo. Acho que isso se chama esperança.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O problema não é ter esperança, o problema é se esquecer do que te fez perdê-la um dia. Uma hora temos que encarar nossos erros, nossas vontades e deixar certas coisas pra trás. Nunca é fácil, encarar, separar o joio do trigo e decidir: “Vou por esse caminho, e não por este”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sempre tive mania de me envolver com caras que não tinham muito a ver comigo. Um não gostava de sushi, o outro detestava comédias românticas, um odiava meu vício por Coca-cola, e tinha um outro que odiava as minhas séries. E ainda teve um que no terceiro encontro já me disse que não queria casar, que seu último namoro tinha sido péssimo, e que sua próxima viagem seria para um campo de guerra. É claro que nenhum deu certo, mas eu insisti, eu tentei, fui até onde não havia mais a chamada esperança.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E quando a esperança acabava, eu me conformava, e lembrava que desde o começo minha “<i>Vozinha</i>” já sabia que não daria certo. Sim, eles tinham qualidades, mas eu sabia que os defeitos uma hora iriam superá-las. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Chega uma hora que você se dá conta que as coisas têm seu caminho, mas que você ainda é responsável pelas suas escolhas, e pelos caminhos a serem seguidos. Talvez eu tenha começado a ser mais radical, ou não. É só que agora logo no começo dou muito mais ouvidos à minha própria “<i>Vozinha</i>” quando ela diz; “Você vai quebrar a cara”. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É ela que me lembra meus porquês, minhas histórias e todas aquelas coisinhas que eu insisto em esquecer quando a esperança surge diante de um sorriso bonito, ou um cara encantador. E a minha “<i>Vozinha</i>” agora tem companhia, o nome dela é Exigência.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-15844708736969214232011-09-27T12:18:00.000-07:002013-02-21T11:52:14.947-08:00Pé na bunda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioDm-A_JMROrtHgxCpRSEBrtcilXTQaI1F3J97QRp7FmY6cfTrla_ZPu7ApiICVdflYvUKs6xuEVRgM6xC6mBDYunZyP5O7P4bHTf98QN3f8xZ8AjUBK3uONC_K3aOVFTAvAswnqaEREQ/s1600/x_c1f94b4b_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioDm-A_JMROrtHgxCpRSEBrtcilXTQaI1F3J97QRp7FmY6cfTrla_ZPu7ApiICVdflYvUKs6xuEVRgM6xC6mBDYunZyP5O7P4bHTf98QN3f8xZ8AjUBK3uONC_K3aOVFTAvAswnqaEREQ/s320/x_c1f94b4b_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nesses dias que você sai de casa e resolve não pensar em nada, é quando parece que o mundo gira, querendo fazer você lembrar, pensar, repensar e questionar. Naqueles dias que você já cansou de rever seus problemas, sempre tem alguém que vem te mostrar que existe coisa pior, ou melhor, acontecendo por aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em um desses dias entre o café corrido no meio da tarde a amiga liga e você larga o expresso pela metade, para um encontro as pressas, por que às vezes o problema é sério. Tem hora que as coisas acontecem sem você prever, não era um acidente, por sorte não fui encontrar a amiga desesperada no pronto-socorro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não posso dizer que estava tudo bem. Encontrei ela de moletom, blusa do Pato Donald’s dentro de casa, com as janelas fechadas. Uma receita de brigadeiro, restos de delivery pela casa, isso sem contar nos seis DVD’s atrasados em cima da mesa da sala. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse momento eu era a realidade, dando três soquinhos na porta antes de encontrar o buraco que ela havia se enfiado. E a realidade é rápida, quando você vê ela já chegou, sentou do seu lado e resolveu que dali não saía mais. E ali eu era a realidade, não a faxineira. Com uma colher de brigadeiro me sentei no sofá e resolvi saber o que aconteceu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É que o amor decepciona, e às vezes a decepção vem com bônus, o bônus surpresa. Eu não estava ouvindo sobre um namorado de três anos, que terminou tudo pra ficar com a vizinha, mas do ex de três anos que cansou, virou as costas e seguiu em frente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tem hora que o amor acaba, é normal. E também é normal que o amor continue, porque relacionamento é composto por duas pessoas, o que uma sente não determina o que a outra sente ou deixa de sentir. E quando o amor fica desamparado, sem rumo, perdido em meio à casa fechada com delivery, brigadeiro e comédias românticas o amor vira desespero. Ele vira obsessão, saudade, e ele vira dor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É porque o pé na bunda dói, ora! Dói sim, e não dói só na bunda dói na cabeça, na testa enrugada, no olho inchado. Dói dentro do peito, como se você infartasse no meio da comédia romântica. E a dor ainda reflete no espelho, nas roupas, no sapato, no salto que você não quer mais usar. Dói em cada vez que você quer gritar com a cara enfiada em um travesseiro. Foi difícil dizer, mas ia continuar doendo, por um bom tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu acompanhei o brigadeiro, mas decidi que não ficaríamos alí. Saímos, tomamos um café, que se estendeu para uma cerveja, e uma posterior balada. Ela não encontrou o príncipe encantado naquela noite, nem nas várias que se repetiram. E aquela não foi a única vez que o brigadeiro nos uniu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São coisas naturais, como a gravidade faz você ficar preso ao chão, como o álcool prejudicar a sua memória da noite passada. É natural que um dia, por acaso, você sofra por amor. E queira sumir dentro de casa, enfiada no meio de roupas velhas e filmes sem sentido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a realidade é que uma hora passa, a dor diminui e o brigadeiro entre amigas, vira desculpa pra conversas, risos e diversão. E na hora que passa, o que antes representava dor vira sinônimo de amor e felicidade. Clichê, mas verdade.</div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-55662643053990754812011-09-21T13:40:00.000-07:002011-09-21T13:40:23.601-07:00Esquecida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgov_baaGKCLjqcmj_bgYidwQIOLTLKZs8LdWzN446n_wfztr1e8P26Uu7iTXITT-VQa483HIbmg54TM9IwU0G3FE6uvwP5ehlwjPOmGwXBy5iIqAu-IiQ8xX1Ry9FycPkUf2-XETLfors/s1600/PQAAAJTfLnbs-eI2MrCX5O6DlVME8_sitPqIiTcABLufNN1QCBrtlXdofZEk_5ka09flQCwWHSPbCrw9q7gBYObYH94Am1T1UCC5t6mbfBWEUlKPyv5vjXeBg7d2_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgov_baaGKCLjqcmj_bgYidwQIOLTLKZs8LdWzN446n_wfztr1e8P26Uu7iTXITT-VQa483HIbmg54TM9IwU0G3FE6uvwP5ehlwjPOmGwXBy5iIqAu-IiQ8xX1Ry9FycPkUf2-XETLfors/s320/PQAAAJTfLnbs-eI2MrCX5O6DlVME8_sitPqIiTcABLufNN1QCBrtlXdofZEk_5ka09flQCwWHSPbCrw9q7gBYObYH94Am1T1UCC5t6mbfBWEUlKPyv5vjXeBg7d2_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ela havia se esquecido de pensar.Há muito tempo não pensava, simplesmente não queria. Pensar pra que se jurava já ter tudo que queria?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esqueceu de lembrar do médico, do trabalho, do compromisso, da irritação. Não pensava, nem nela, nem nos outros. Seguia, sem pensar. Deixou de lado o que antes importava, e passou a pensar no que achava importante agora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Iria seguir buscando a felicidade, não importa qual fosse. Buscava a felicidade nos outros, e não nela mesma. Achava que um namorado faria a diferença, e se um não fez, por que não tentar com mais dois ou três?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Continuava se esquecendo, se esquecia da beleza, enquanto se escondia atrás de corretivos, blush e óculos escuros. Ligava sempre o som no máximo, pra não lembrar de pensar enquanto passava pela rua que havia morado, ou pela rua que passou no dia que decidiu parar de pensar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esquecia carteira, celular, bolsa, cartões, onde quer que fosse. Esqueceu seu coração em alguma esquina quando quis beber pra esquecer. Esqueceu quem era junto com o celular, no banco de uma boate qualquer.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ela simplesmente já não lembrava, que podia ser feliz por ela mesma. Esqueceu que tinha tudo pra sorrir mas preferia não lembrar. Ela já tinha medo de sorrir.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-5875810239851215512011-08-26T07:36:00.000-07:002011-08-26T07:40:50.514-07:00Independente<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzkCXXrX3vDCArwEug2R8Si0eqgg4FV59R5A8m3IW2fkXQ507fqODOPv96j6i03DsYOmEsZOOIh40UugyOUDG7XFRZXgqBtDaqBew-NxAIvKDK0RrsVX6jhW6W4cShW5YstVMe2YLQYZ4/s1600/5082004047_31ecc08ef1_z_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzkCXXrX3vDCArwEug2R8Si0eqgg4FV59R5A8m3IW2fkXQ507fqODOPv96j6i03DsYOmEsZOOIh40UugyOUDG7XFRZXgqBtDaqBew-NxAIvKDK0RrsVX6jhW6W4cShW5YstVMe2YLQYZ4/s320/5082004047_31ecc08ef1_z_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Não preciso de um homem para carregar o lixo, levar as compras, me viro muito bem quando isso precisa ser feito. Não preciso de um homem que me leve aos lugares, tenho carro e sei muito bem me virar sozinha. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Claro que é mais fácil ter um homem alto, disponível para trocar a lâmpada. Mas não há problema em arrastar a cadeira, e num simples movimento de parafuso, colocar a lâmpada nova em seu devido lugar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Atualmente mulheres independentes assustam, homens se sentem meninos. Existem aqueles que não ligam, mas ainda há aqueles que se incomodam em ser deixados em casa. E ainda há mulheres que não querem esse papel.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ora, existe o equilíbrio, e ele deve ser seguido. Não é que ser independente significa depressão, solidão ou estar encalhada. As coisas são complicadas, e muito simples, existe a opção. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Relacionamentos não são baseados em dependência, carência. Relacionamentos são opcionais, compartilhados, recíprocos. E se um relacionamento não é o que você procura, é melhor ficar sozinho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É claro que às vezes bate aquela solidão, uma saudade que não tem de quem, é só saudade de querer estar junto. Mas estar junto por estar, não vale. Saudade de poder deixar o carro em casa e ser levada na farmácia. De deixar de ir pra balada por causa de uma vontade repentina de ir ao cinema.<br />
<br />
Saudade de colo e de cafuné, de frio na barriga e de sentir saudade. Não é que a solidão seja um problema, até mesmo em relacionamentos ela é necessária. A individualidade costuma ser desvalorizada, esquecida e rejeitada.<br />
<br />
É uma delícia escolher passar uma sexta-feira a noite vendo séries, debaixo das cobertas e comendo pipoca. Ainda mais quando você escolhe a série, o fondor da pipoca e usa a sua coberta velha. Mas é como já diz a música, é que um carinho às vezes faz bem.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-77285810925426807552011-08-19T17:24:00.000-07:002011-08-19T17:41:53.650-07:00Silêncio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7REHjzXo6zlQEYnbL02pZA3sxmJKJaUiuqnreDWspqYrJ7oB6Y6aS58sozB0imlrdgdfIdGrhBX0FnjTtS0cyUA7vYDsdl-It7yC2uJj46e3Px_1Sj7DWrSEQfnC0S9WVXT9K7y-6G_c/s1600/tumblr_lq03vsSLpZ1qac3wno1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7REHjzXo6zlQEYnbL02pZA3sxmJKJaUiuqnreDWspqYrJ7oB6Y6aS58sozB0imlrdgdfIdGrhBX0FnjTtS0cyUA7vYDsdl-It7yC2uJj46e3Px_1Sj7DWrSEQfnC0S9WVXT9K7y-6G_c/s320/tumblr_lq03vsSLpZ1qac3wno1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Você foi como quem tem hora pra partir, como o vizinho apressado que não espera a senhora do segundo andar, na hora de entrar no elevador. Foi rápido, com pressa, sem olhar pra trás, enquanto estava muito concentrado nos obstáculos que deveria desviar. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Podia ser mais fácil, a distância que criamos é maior que a realidade. Pegar o carro, andar um ou dois quarteirões, parar na sua porta e buzinar. Fazer um escândalo, acordar vizinhos, só para você chegar na janela e me chamar de idiota, mas descer correndo pra me dar um beijo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sim, podia ser fácil, podia ser simples, podia ser real. Como no dia que vi você me olhando e dizendo que sentiu saudade, sem reação eu não disse que também senti. Não aproveitei seu abraço, nem o seu beijo eufórico. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Me calei e sorri, como se aquilo não fosse nada. Como se por dentro não houvesse uma vontade enorme de te pedir pra ficar mais um pouco, por que eu não queria que a saudade voltasse.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Você me ligou quando eu já não esperava, quando aquela última esperança já havia sido encoberta pela saudade amargurada. Era tarde demais, a vontade se virou contra mim, e resolveu deixar claro que a vontade única não funciona.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não adiantava querer todos os dias, sentir saudade, esperar o telefone tocar enquanto ele não toca. As coisas teriam que fluir, acontecer, e não deixar-nos enlouquecidos para que aconteça logo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E na hora que eu sinto vontade de ir até a sua porta, fazer qualquer coisa, um escândalo que seja. Percebo que nem coragem para te ligar eu tenho. Que eu te espero, te quero, e sinto saudade, e que você nem sabe.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E as coisas seguem assim complicadas, e completamente simples. Por que o telefone está ali, com seu número. E agora, eu prefiro que fique assim. Não quero ser sua opção, nem te ter como opção para uma noite tediosa. Deixa a distância entre nós dois calar os murmurinhos da saudade, enquanto o silêncio do tempo me deixa te esquecer.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-17185430145421964072011-08-10T18:35:00.000-07:002011-08-10T18:39:08.659-07:00Hora errada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvv44LkQOTUkAmA6TET7do6WMpxRcQm49ZdU-6YcRdlgCYyx0Iq3yNH3RugSILR5Zd5ZpO7z7lJ-9_Nr9jfzhz3RxQJIDs0UJQb4KPU6-6A9jZTcACINAYtwP_BezGMxJWL5oKdjF674c/s1600/tumblr_lcunnt9Mv31qetmlko1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvv44LkQOTUkAmA6TET7do6WMpxRcQm49ZdU-6YcRdlgCYyx0Iq3yNH3RugSILR5Zd5ZpO7z7lJ-9_Nr9jfzhz3RxQJIDs0UJQb4KPU6-6A9jZTcACINAYtwP_BezGMxJWL5oKdjF674c/s320/tumblr_lcunnt9Mv31qetmlko1_400_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Muitas vezes a gente se pergunta por que as coisas foram assim, propõe hipóteses, cria empecilhos e arruma uma justificativa qualquer para a dúvida que fica no ar. Por que às vezes as coisas não acontecem do jeito que a gente quer, fogem do controle e acabam.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Imprevistos, o velho mau do mundo pós-moderno, moderno, capitalista ou pré-histórico. O mundo tem sua lei própria, incontrolável e inexplicável, por que a gente nunca sabe mesmo a hora que as coisas vão acontecer, ou acabar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outro dia vi um filme que a protagonista comia a sobremesa antes do jantar, pelo simples fato de ela não ter garantia nenhuma de que estaria viva para o tão esperado doce. E nesse meio tempo eu me lembrei da minha mania de sempre deixar as coisas boas para o final, mas a gente nunca sabe quando o final vai chegar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Coisas imprevisíveis, sim, imprevisíveis. Você nunca sabe quando vai aparecer alguém bom na sua vida, que vai te fazer melhor, que vai ser parte de você. Você sabe menos ainda quando isso vai acabar, quando a pessoa vai embora. Pior é ver isso em alguém e não ser a pessoa certa, por que tudo tem sua hora certa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma amiga me disse que tinha encontrado sua alma gêmea, um cara que a completava. Tinham os mesmos gostos, curtiam cada momento juntos, podiam passar horas, dias conversando e se divertindo só pela companhia um do outro. Mas não deu certo, e quando eu perguntei por que, ela disse com uma voz de quem entendeu o que tinha acontecido. Eles simplesmente não se apaixonaram.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por que as coisas são assim, elas tem o tempo certo, e às vezes elas só não tem que acontecer. Um dia o cara some, você some, as vidas seguem e as coisas continuam. Talvez você não esteja esperando quando “O” cara certo aparecer, e talvez você só se dê conta disso quando já tiver acontecido. São muitos “talvez” que nós mulheres resolvemos usar para justificar a ordem natural das coisas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Talvez ele te ligue amanhã, talvez ele não te ligue. Talvez você suma, talvez ele apareça. Talvez ele não fosse o cara certo, talvez você fosse pouco demais pra ele. Talvez você fosse muito, talvez ele tenha achado que você sumiu. Talvez dê certo um dia, talvez não era para dar certo. Afinal, talvez as coisas tivessem que ser assim. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por que na maioria dos casos, só não era “A” hora certa. Ele não te usou, não te esqueceu, não te achou chata, nem pouco pra ele. Por que a hora errada não é uma ligação tarde da noite, ou a falta dela. A hora errada é o ponto final que elimina os “talvez”. E faz com que você entenda que uma hora, a hora errada fica certa. </div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-13270080254804503372011-08-07T20:22:00.000-07:002011-08-07T20:22:45.311-07:00Sinto falta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBx5D1GP3CiVXRBH7AMPkP76XOOitOewnPdMKflchR07S7NTFUEza69aOW33b03XOEcXR_QkHdvnfe-S-_sQSA0iExsRXHA0yrTDorKem0SOeJFi_OtaZTdsRpX64FH9Vv7vOa7KIT9Ww/s1600/tumblr_lpl4dwVh2f1qdc1g5o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBx5D1GP3CiVXRBH7AMPkP76XOOitOewnPdMKflchR07S7NTFUEza69aOW33b03XOEcXR_QkHdvnfe-S-_sQSA0iExsRXHA0yrTDorKem0SOeJFi_OtaZTdsRpX64FH9Vv7vOa7KIT9Ww/s320/tumblr_lpl4dwVh2f1qdc1g5o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esses dias eu senti sua falta, como sempre sinto. Quis te ligar e te contar da última festa que fui e tocou nossa música, e eu dancei como se você estivesse ali comigo. Ficou vazio, mas era você ali, ainda que presente só no refrão viciante da melodia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu iria te falar dos meus últimos amores, das minhas novas amigas, das descobertas e das saudades. Queria sentar e tomar uma cerveja, por que eu sabia que só a sua presença já me completaria. E seus conselhos que como um mantra eu ainda repito, me fizeram falta.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aos poucos deixei algumas palavras serem esquecidas, suas últimas falas tristes não existem mais. Ficou sua felicidade, minha felicidade ao seu lado, por que nessas horas é o que fica. E eu ainda tenho seus óculos na minha caixa de coisas boas, tenho suas cartas, tenho nossas histórias, e são elas que me fazem o que eu sou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tenho a saudade, que às vezes vem bater mais forte. Ainda não sei ao certo quanto tempo dura a saudade, na verdade eu sei, mas a saudade me incomoda muito para que eu queira remoer.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda olho as fotos quando quero ouvir sua voz, e eu leio o que te escrevi e não mandei, e dói bem lá fundo. A gente era tão igual, que sinto o vazio como uma parte que me completa. E agradeço por cada momento que ainda posso chamar de meu.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu quis te escrever, e quis apagar cada palavra como se ela não fosse capaz de dizer tudo o que eu estava pensando. E eu comecei a me perguntar se as coisas precisam ser ditas. Eu nunca te disse tudo, você sabia sem eu dizer, e isso sempre me bastou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não gosto de pensar na gente como almas gêmeas, metades que se completam. Éramos tão iguais que chegava a ser previsível cada atitude sua, cada risada, cada briga, cada pedido de desculpas em meio as nossas madrugadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu sinto sua falta a cada dia, a cada hora, em cada lugar, em cada amigo seu que encontro despercebido em alguma esquina. E eu me sinto previsível e chata por pensar tanto em você, mas agradeço, por ter tido cada momento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Queria apenas te contar as coisas banais do meu dia, e saber que você ouviu tudo, entendeu e me falou as poucas verdades que eu precisava ouvir. Acho que fiquei mais boba sem você, mais chata e sem chão, mas essas coisas eu não posso evitar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Você não se foi, eu ainda insisto em achar que não te deixei ir. E acho que é em vão cada palavra que falo, escrevo e digo. Sei que você está aqui comigo, mais do que quando estava de verdade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda leio signos, e sinto plena antipatia por Libra, mas tenho tentado ser tolerante. Você fez de mim o que eu sou hoje, e sei que eu não fui pouco pra você em vida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu ainda te amo. Eu sempre te amei, e sempre vou te amar. Essa não vai ser a primeira, nem a última das cartas bobas que te escrevo e não entrego. É que às vezes é difícil esconder a dor quando as lágrimas me rasgam por dentro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E quando eu me sinto boba, muito piranha, ou muito triste, escuto você me xingando. Me mandando parar com isso, que sou ariana e mereço mais do que tenho de verdade. Estou com saudades, e isso me deixa sentimental, não fique bravo. É só que nossa música acabou de tocar, e eu quis com todas as forças te ligar. Ok?</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-87770661204609405772011-07-30T15:34:00.000-07:002011-07-30T15:34:45.227-07:00Reencontro (II)<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">(Continuando...)</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Seu corpo já começava a doer de tanto ficar na mesma posição, entre uma virada e outra pela cama ela despertava aos poucos. E enquanto despertava, tentava se lembrar da seqüência dos fatos. Primeiro não tinha nada para fazer em pleno sábado a noite, já na terceira vez em que relia sua agenda de contatos, enquanto atendia uma amiga que outra que a procurava para saber desde aonde ir até a roupa que deveria vestir, uma ligação que salvou sua noite. Ela ainda estava se questionando se havia salvado ou terminado de destruir.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não o via a três meses, desde que seu medo por se envolver a levou a terminar algo que ela nem mesmo deixou começar. Ele continuava o mesmo, o cabelo levemente despenteado entre os cachos cor de mel, a barba por fazer era algo que ela preferia não lembrar muito, ele mudara de perfume, mas era melhor, a fazia sentir-se começando, e não reencontrando. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não se cumprimentaram tão carinhosamente como de costume, mas isso ela já esperava, afinal três meses naquele caso, tinha sido muito tempo. As conversas foram calorosas, misturavam as novidades dele com as dela, não havia nada de romântico, pareciam velhos amigos a colocar o papo em dia, e no fundo ela sabia que era isso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pediram a sobremesa, enquanto ele contava do último final de semana que foi para a cachoeira, que haviam ido juntos. Ela não queria ir embora, mas não discutiu quando ele pegou o caminho da sua casa. Apesar das conversas calorosas, o beijo foi frio, não havia a paixão de antes, pelo menos da parte dela. Ele brincou se ela não o convidaria para subir, ambos sabiam que era brincadeira, e ela não tentou disfarçar. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Subiu no elevador na esperança de uma chamada não atendida ou uma nova mensagem, deixou o celular em casa de propósito. No fundo já sabia que não haveria nada, o orgulho dele, chegava a ser maior que o dela. Preferiu tomar um banho, aquele perfume que ficou na sua blusa, agora causava enjôo. Arrumou sua cama, pegou a água, ainda ligou a tv, mesmo sabendo que ás três da manha não haveria nada de interessante passando. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enfim, resolveu olhar o celular, nada. Ela já sabia, não se surpreendeu e achava melhor assim. De novo seu medo era maior que o que sentia. Escondia de si mesma a esperança que o telefone ainda tocasse, e que a história que ela havia acabado de reviver, não se repetisse. E ainda se conformou quando pensou que esperaria ele ligar, daqui alguns meses, para um reencontro.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-85950463184345722032011-07-28T13:08:00.000-07:002011-07-28T13:47:39.284-07:00Reencontro<div style="text-align: justify;">Resolveu que a encontraria de novo depois de voltar na cachoeira que estiveram juntos. Tinha ido acompanhado, e parecia estar em um lugar diferente. Sentiu falta dela, de sua risada. Lembrou das suas piadas sem graça, mas que a faziam rir, e isso o fazia bem. Ele sabia que já sentia falta havia algum tempo, só não tinha tido coragem de ligar. Era sábado a noite, mas decidiu que tentaria, ela já deveria estar pronta para sair, apenas escolhendo em qual festa ir. Resolveu ligar, se arriscar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Surpreendeu-se ao desligar o telefone já com a hora marcada para pegá-la. Tinha que pensar um pouco mais rápido que de costume. Com todas as outras era mais fácil, com ela não, ele pensava até na hora de passar o perfume. Pegou um novo, ela não comentou. Surpreendeu-se mais uma vez, achou que ela reclamaria já que gostava tanto do antigo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ela estava linda como sempre, mas o olhava diferente, sentia que ela estava distante mesmo enquanto a ouvia contando todas as novidades de sua vida. Ele sabia que ela não contara o mais importante, quem era o dono daquele brilho no olhar que ele conhecia bem. Não propôs nada quando sairam do restaurante, ele não queria mais se machucar. No fundo sabia que se veriam de novo, mas preferia assim, aquela noite já chegava a seu fim. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A conversa continuou no caminho pra casa. Despediram-se com um beijo, era o mesmo beijo, sentia-se como se estivesse voltando no tempo, mas estava diferente. Ela estava novamente apaixonada dessa vez não por ele, tinha de aceitar isso. Três meses haviam sido mais tempo do que ele pensara. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enquanto o portão se fechava, ela não se esqueceu de dar tchau. E ele ficou com a certeza, de que só poderia desejar mais sorte do que ele havia tido, para o cara que estava no lugar que ele havia estado antes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">(Continua...)</span></div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-79120947572210746462011-07-13T16:40:00.000-07:002011-07-15T10:09:16.434-07:00Relacionar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjci_soK0Q-01Lxm4Fs88m9pO-dHiIiRzIyc1NcWzZXY6V9ovH3yKKF3HL7EHnssj-MDSg0-Oki_xMhs08h4UrGQb4F0e-NTSc_KY3zgwdmvjAKBYzNuQPqeGJWVCP5F0E-ExNW-6uHXHE/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjci_soK0Q-01Lxm4Fs88m9pO-dHiIiRzIyc1NcWzZXY6V9ovH3yKKF3HL7EHnssj-MDSg0-Oki_xMhs08h4UrGQb4F0e-NTSc_KY3zgwdmvjAKBYzNuQPqeGJWVCP5F0E-ExNW-6uHXHE/s1600/images+%25281%2529.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Re.la.ci.o.nar</span> <i>(lat relatiore)</i> sf <b>1 </b>Listar, rol. <b>2</b> Ligação, vinculação. <b>3</b> Relacionamento. <b>4</b> Analogia, semelhança. <b>5</b> Mat Razão geométrica. <i>sm pl Convivência, freqüência social trato entre pessoas; parentesco. Relações Humanas: Comportamento do individuo em seu contato com as pessoas. Relações públicas: intercambio de informações, entre uma instituição e sua clientela. Relações sexuais: cópula.</i></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">(Michaelis: dicionário prático da língua portuguesa. – São Paulo: Editora Melhoramentos, 2001.)</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É muito simples, e qualquer pessoa com um nível de conhecimento básico, sobre significados, palavras e dicionários consegue achar a definição exata de relacionar. Mas na prática significados não costumam valer muito, devo dizer que valem menos quando se trata do significado de relações humanas da coisa. E valem ainda menos quando o significado vem explicar o lado relação amorosa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se interpretarmos as relações pelo seu lado lógico, é muito simples perceber que relações possuem um inicio, meio e fim. Pessoas se conhecem se gostam, ficam juntas, se relacionam, não dão mais certo, se cansam, e deixam de se relacionar. Geralmente ao final de um desses ciclos, essas mesmas pessoas costumam jurar que não se meterão nessa encrenca de “Relacionar” com outras pessoas. Mas elas são humanas, e tempos depois de não estarem se relacionando, querem voltar a se relacionar, e começam tudo de novo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pode-se dizer que relacionar resume-se à convivência, trato ou parentesco, mas todos sabem que não é apenas isso. Relacionar-se exige muito mais de uma pessoa do que pode-se caracterizar, e é por isso que a maioria jura nunca mais se meter nessa encrenca relacional. Juram que nunca mais irão chorar, sentir falta, estar junto, e querer outro alguém. E quando percebem, estão indo ao cinema, tomando Milk shake, esperando um dia de chuva pra comer pipoca, estão ficando, estando, namorando, estão se relacionando.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nada é tão simples quanto um significado de dicionário pode dizer, sempre que procuramos ser lógicos de mais, é quando sabemos que estamos nos perdendo em nosso inconsciente irracional. Buscamos respostas, explicações e qualquer coisa que justifique o nosso comportamento divergente de certo tempo atrás. Pessoas costumam aprender com relacionamentos anteriores e aplicar essa lição nos novos, o que facilita muito o ato de relacionar (ou não).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Relacionamentos são assim, não queremos, mas precisamos. Por isso desejamos sempre que eu relacione, que tu relaciones, que ele relacione, que nós relacionemos, que vós relacioneis. Que eles se relacionem e que toda essa coisa de relação, seja mais fácil do que decorar passados, presentes, perfeitos, indicativos e subjuntivos.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-16233456976355116352011-07-09T13:45:00.000-07:002013-01-09T11:19:26.424-08:00Sinceramente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3wLwC4NKFJZuTAsmyYjPuktS4E4C6uZM3WVouRv7dUnIpQlwEjE7J6Lfq8UxTz5EEi1GnMbfUqth9VWPMOpsaYixwYfqhxdBSZAVm1R91xMKn8L2X_SVa18dMOFySNajxz-YH_FuFnlI/s1600/tumblr_lnk5shkrcW1qf80t0o1_500_large.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3wLwC4NKFJZuTAsmyYjPuktS4E4C6uZM3WVouRv7dUnIpQlwEjE7J6Lfq8UxTz5EEi1GnMbfUqth9VWPMOpsaYixwYfqhxdBSZAVm1R91xMKn8L2X_SVa18dMOFySNajxz-YH_FuFnlI/s320/tumblr_lnk5shkrcW1qf80t0o1_500_large.png" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você me pediu para não ter vergonha, para ser eu mesma, para te deixar me conhecer. Pediu com calor nos olhos, com carinho, com vontade. Me pediu de um jeito que há muito eu não via, não sentia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Devo confessar que não é fácil assim, as coisas são bem mais complicadas, por mais que você já tenha tentado me provar que são muito simples. Tenho tentando me concentrar nas minhas coisas boas, para que você não me ache uma chata, cética e incrédula nas coisas que vão além da minha razão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na verdade, eu sou tudo isso, sou a casca dura que deixou de acreditar em simplicidade, a casca que achou que não se recuperaria depois de tantas vezes quebrada. Talvez você esteja certo, e as coisas sejam realmente simples. Mas eu, eu sou complicada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tão complicada que não me entendo, que me questiono, e que penso mil vezes antes de te falar qualquer verdade simples do meu dia a dia. Me acostumei, e hoje com facilidade sei que sou capaz de esconder todo e qualquer sentimento que esteja dentro de mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso não é bom, sei bem disso e sinceramente, é um dos meus maiores defeitos, dentre os tantos que você vai encontrar. Não durmo de porta aberta, falo palavrões, grito e sou mandona. Odeio que me digam o que fazer. Gasto mais da metade do meu dinheiro em roupas, e sempre acho que não tenho o que vestir. Amo meus saltos, por mais que eu saiba a dor que eles me causam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho mania de esmaltes, e você pode me ver com sete esmaltes diferentes ao longo da semana. Assumo que dou uma importância exagerada para minha vida social, mas me esqueço facilmente de ser simpática com quem não gosto. Dirijo igual homem, mas adoro homem que faz baliza com uma mão só. Confio exageradamente na opinião das minhas amigas, e odeio não ter razão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou o paradoxo em pessoa, e talvez por isso me ache tão complicada. Eu nunca vou saber responder o que eu gosto, muito menos tomar uma decisão de cara. Queria ser mais simples, mais direta e não ter medo de assumir minha sinceridade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Posso passar o dia esperando você ligar, mas sou incapaz de mandar uma mensagem. Talvez isso tudo seja culpa minha, de ter me deixado traumatizar, e esquecer que no fundo ainda tenho esperança. Mas na minha cabeça a esperança é minha e portanto, ninguém ficará sabendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez meus olhos castanhos tenham te conquistado, ou você apenas se confundiu. Você pode dizer que não, que estou errada que as coisas acontecem assim, mas eu sempre acho que tenho razão. E no meio de toda a minha teimosia, eu só queria que você me fizesse mudar de ideia. </div>
Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-19732061571239554992011-06-30T21:58:00.000-07:002011-06-30T22:00:14.717-07:00Constelação imaginária<div style="text-align: justify;">Daqui uns dias eu vou acordar depois de mais um dos sonhos que você aparece. Já deixaram de ser sonhos há muito tempo, viraram pesadelos, e por isso me acordam. Quando eu acordar, vou fazer como sempre faço, vou levantar e pegar um copo de água bem gelada, tão gelada que vão me doer os dentes. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Enquanto esqueço da dor, vou me sentar na varanda como sempre faço, vou ficar tanto tempo que a água vai aquecer. Enquanto ela aquece, de novo, fracassadamente, vou tentar achar aquela constelação de nome estranho que você me mostrou um dia. Ela nunca vai estar lá, na verdade acho que você inventou pra me fazer rir, e parecer um pouco mais intelectual. Acho que é por isso que eu queria tanto achá-la.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vou tentar me convencer a parar de procurar. Mas não vou parar, você conhece minha teimosia. Uma hora, como sempre, vou me contentar com o <i>Cruzeiro do Sul. </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com todas as minhas forças, vou ignorar a vontade desesperada de te ligar, de mandar mensagem ou pegar o carro e parar na sua porta. A vontade não vai passar. E eu não vou ter desistido de achar aquela constelação. Pelo simples fato de você ter me prometido que, quando eu olhasse para ela, mesmo que você não estivesse olhando, estaria pensando em mim. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vou terminar de beber minha água, agora quente, vou trancar a porta e voltar a dormir. E você nunca vai saber da existência dessa noite. Assim como não soube de nenhuma das outras.<br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"><i>10/12/2009</i></span></div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-47000937136727985432011-06-29T12:27:00.000-07:002011-06-29T12:32:19.767-07:00Desgostando<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTFLkr8h__hYAREJWrT4As_RVLnzAv5YM4Bn1h3B6-gZprQd6ETHXCuS01ZfuNQzMI6d5o1kosCOdGB5TdvScWCIZpOXDMbt2ALcC_fzza_0YCvbYhN2gy-NL0mAurCnjiTAbZcPX29r0/s1600/tumblr_ldh2qx4JR11qetmlko1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTFLkr8h__hYAREJWrT4As_RVLnzAv5YM4Bn1h3B6-gZprQd6ETHXCuS01ZfuNQzMI6d5o1kosCOdGB5TdvScWCIZpOXDMbt2ALcC_fzza_0YCvbYhN2gy-NL0mAurCnjiTAbZcPX29r0/s320/tumblr_ldh2qx4JR11qetmlko1_400_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Seria mais fácil se as coisas tivessem uma ordem menos cronológica, que seguisse mais o que a gente quer e não o que a gente sente. Porque quando a gente resolve gostar, é fácil não ver defeitos, se deixar levar e acreditar em paixões, em amores. Você acredita na felicidade no casamento da prima, da amiga da tia, que encontrou seu príncipe encantado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Porque se apaixonar é muito fácil, muito simples. É fácil adaptar horários, e se encontrar para um jantar durante a semana, ou um cinema. A perfeição está nos olhos de quem vê, e talvez por isso mesmo seja tão fácil. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Difícil é esquecer toda a perfeição, que talvez nossos olhos tenham criado. Porque uma hora a realidade bate na porta, e geralmente ela bate a porta na sua cara, e dói. E você percebe que tem que se convencer que sim, todos os defeitos que suas amigas apontaram, existem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas quando você resolve desgostar, resolve esquecer e usar o verbo "superei", aí o bicho pega. A felicidade alheia vem ser estampada na sua cara, junto com um buquê de rosas em plena segunda feira a tarde. Buquê que sua amiga recebeu, do namorado que ela vai casar um dia, e que você jura ser o casal perfeito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Junto com a felicidade alheia, vem a amiga desiludida que engordou 5kg depois do fim do último namoro, seguido de uma temporada de '<i>Sex And The City'</i> com brigadeiro. E amiga desiludida que te conta o caso da outra amiga que emagreceu 10kg depois do chifre do namorado, que na época era noivo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Você se lembra dos buquês de rosas que já ganhou, e que ainda tem uma rosa seca dentro daquele livro que nunca terminou de ler. Lembra também que sabe de cor a maioria das falas de <i>'Sex And The City', </i>por que afinal, você também já passou por isso antes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E você tão confiante da sua auto estima, e da sua superação, começa a ter fé, a ter esperança no tempo, e a fazer regime para caber na calça jeans. Nessas horas geralmente o tempo não passa, por simplesmente você querer que ele passe depressa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E aí você se dá conta que está sozinha, e que o inverno é mais frio do que você imaginava, ainda mais durante a noite. E a falta vem devagar, te mostrando que você não sente falta. Por que não se pode sentir falta do que não se teve, do que não existia. E o tempo continua no seu ritmo normal, por mais que você continue cheia de certeza de que ele nunca vai passar, você só não se deu conta que ele já está passando.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-80995889748643496242011-06-09T15:02:00.000-07:002011-06-09T15:03:28.115-07:00Existe alguém<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAsXHgU1gCxG7TEejJwxjkwEo-N7bG5fgwqnO993W6Vs8T4Ggg0EEgsS16wYZbrAQnOS_uzb8XFyKPqgurUSAuGO5fOYDFNDsbhye2fy8dQ7Q-OHV0TaNZTCDZwqYAMqnR7DM-cWCpHs0/s1600/tumblr_liq712wVOA1qadf4jo1_400_large.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAsXHgU1gCxG7TEejJwxjkwEo-N7bG5fgwqnO993W6Vs8T4Ggg0EEgsS16wYZbrAQnOS_uzb8XFyKPqgurUSAuGO5fOYDFNDsbhye2fy8dQ7Q-OHV0TaNZTCDZwqYAMqnR7DM-cWCpHs0/s320/tumblr_liq712wVOA1qadf4jo1_400_large.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De vez em quando a curiosidade me pega desprevenida, me coloca em alerta e me deixa fazendo perguntas sozinha. Daquele tipo de perguntas que a gente não sabe responder, que nos deixa pensando, cogitando e esquecendo da realidade por alguns segundos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nas vezes que a minha curiosidade insiste em me visitar, são geralmente as vezes que eu me pego fazendo aquilo, que eu juro que ninguém nunca ficará sabendo. Daquelas coisas que podem ser motivo de vergonha, mas que no fundo todo mundo faz. Aquele tipo de coisa boba, apaixonada que a gente esconde até da gente mesmo quando vê que está fazendo. Por que no fundo, é todo mundo idiota nesses casos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Todo mundo queria saber um dia se existe alguém no mundo, que tem seu telefone na agenda e não tem coragem de ligar. Se existe alguém que já escreveu mensagens, e não teve coragem de enviar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Saber se já abriram a janela do MSN, e não disseram nada. Se já inventaram desculpas imbecis, só para poder puxar algum assunto, que não fosse o tempo. Se existe alguém que visita o seu perfil no twitter, só para saber como andam as coisas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Saber se existe alguém que curte as suas coisas do facebook, mesmo sem clicar no curtir. Todo mundo queria saber se alguém sabe o seu nome, telefone, endereço e sobrenome. Se alguém sonha com você, e acorda com vontade de dormir pra sempre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por que sim, já fiz todas essas coisas. Fiz várias vezes, fiz com pessoas diferentes, e com pessoas que nem sonhariam que isso já aconteceu. E por incrível que pareça, nessas horas eu sabia que existia alguém, e esse alguém era eu, mas disso ninguém precisava ficar sabendo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E quando a curiosidade chega, me distrai e me faz pensar, eu só queria ficar sabendo se existe alguém que também já fez isso. Talvez eu me sentiria um pouco menos idiota assim. Por que eu só queria saber se existe alguém, que fez isso por mim.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1527732124474161956.post-10741747594485105432011-05-29T20:17:00.000-07:002011-05-29T20:32:29.860-07:00Fusível queimado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2DezrkryZIyu4l4a5ZT5fiHJ76gkr7Qll7utEIBSmpj6FBybEwiWNFI-hmP9Ej4cLFNG7lR0qMm3YHh2fEi-H_zErWzyewZoRbcG4-vp0Mlzf3e9swBwkiRPBmVDKPu539FResNndF-4/s1600/nature%252Cphotography%252Ctv%252Cfor%252Cemily%252Cinspiration-fbaa968ebe24f4dbfd5094435d2d5ff0_h_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2DezrkryZIyu4l4a5ZT5fiHJ76gkr7Qll7utEIBSmpj6FBybEwiWNFI-hmP9Ej4cLFNG7lR0qMm3YHh2fEi-H_zErWzyewZoRbcG4-vp0Mlzf3e9swBwkiRPBmVDKPu539FResNndF-4/s320/nature%252Cphotography%252Ctv%252Cfor%252Cemily%252Cinspiration-fbaa968ebe24f4dbfd5094435d2d5ff0_h_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outro dia enquanto eu me distraia com as minhas leituras de “O que toda mulher...” ou “Por que todo homem...”, e outros diversos títulos de auto-ajuda feminina. Me vi reparando no canto esquecido do meu quarto, que eu possuo um aparelho de TV a cabo. Abandonado, bem ao lado dá televisão que há muito tempo está quebrada. E se bem me lembro, além de tudo, eu possuo um pacote digital de TV a cabo. Sim, era pra eu ter imagem em high definition no meu quarto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E diante da televisão quebrada, eu me perguntei o porque daquilo. Uma mesa, cabos, ligações e aparelhos tecnológicos, para uma televisão quebrada. E a cena não saía da minha cabeça, aquilo se tornou tão vazio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No fim das contas eu acho que todo mundo é um aparelho de TV a cabo, e alguns são sim em HD. E todo mundo sai por aí procurando uma televisão, escolhendo a melhor marca, o melhor modelo. Quer aquele aparelho perfeito, que vai combinar com o ambiente e se encaixar perfeitamente no receptor digital. E olha, começou a me incomodar muito ver aquela televisão quebrada, ocupando um espaço enorme no meu quarto, no meu dia-a-dia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Estranho pensar naquilo, naquela situação implícita bem diante dos meus olhos. Comecei a reparar os diversos modelos de televisão, nos diversos receptores de TV, e na verdade, ando reparando até na qualidade das imagens. É estranho pensar assim, parece meio vazio começar a comparar pessoas com aparelhos. Fui comentar isso com uma amiga, e ela me perguntou se eu havia me apaixonado por um cara em HDTV.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na verdade, se depender da minha TV quebrada, e do meu aparelho desativado da Net, eu talvez tenha me apaixonado em preto e branco. Se eu pudesse comparar com um filme, seria um desses que passa na sessão da tarde. Isso se realmente me apaixonei um dia. Não considero isso desilusão, pelo contrário, isso se chama consciência.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu bem podia dizer que não mandei a TV concertar, porque não quero continuar usando uma televisão pequena e velha, enquanto eu não compro outra melhor. Sinceramente, eu nunca curti aquele ditado de “Quem não tem cão, caça com gato”. Se não tem cão não caça, ponto final. Mas eu já tenho tudo, e posso concertar a televisão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não estou dizendo que estou me contentando com uma televisão velha. Eu estou concertando o que eu tenho. E eu acho que é isso que a maioria das pessoas, principalmente mulheres, deveriam aprender. Ninguém precisa sair por aí no desespero, atrás de qualquer liquidação só pra ter uma imagem mais ou menos. Talvez a TV queimada tenha me mostrado muito mais coisas quando estragou, do que durante a sua vida útil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse momento vendo minha televisão 19 polegadas, passando um programa científico, em um dos canais com mais de três dígitos, eu me peguei feliz. Porque às vezes as coisas são mais simples do que a gente pensa. Não que eu tenha concertado sozinha, o fusível queimado da minha televisão. Mas agora a TV funciona, ela é minha, e eu não tenho que dividir o controle com ninguém. E vai ver, essa é a melhor parte.</div>Júlia Andradehttp://www.blogger.com/profile/17974710913146978640noreply@blogger.com0